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Diversidade não é um tópico novo no mundo dos negócios. O americano e fundador da Apple, Steve Jobs, deixou inúmeras lições de negócios, sendo uma delas como organizar a sua empresa para que ela tenha o melhor desempenho. Ele levou em consideração não apenas questões econômicas e técnicas, mas enxergou as pessoas como recurso fundamental para atingir os objetivos. Dentre as muitas lições deixadas por um dos gênios da tecnologia, está a criação de equipes multidisciplinares e multiculturais, tendo em 2022 mais de 56% do quadro de funcionários da Apple representados por profissionais pertencentes a grupos minorizados. 

“Diversidade não é só uma frase bonitinha, é uma vantagem competitiva. Nossos usuários são pessoas do mundo todo, de inúmeros grupos de diversidade. Se a gente não tem profissionais aqui dentro que representem todos esses grupos, não conseguimos fazer produtos para todos.”

O que é diversidade?

Diversidade é um dos conceitos que mais têm ganhado destaque no ambiente empresarial, visto que é extremamente necessário para que exista uma pluralidade de pessoas e ideias no espaço comercial. Entretanto, este ainda é um ponto de muita dificuldade para as empresas, impedindo seu desenvolvimento e limitando o interesse em seus produtos. Assim, entender e aplicar diversidade nos negócios é colocar em prática os princípios dos direitos humanos. 

Nada mais é do que a possibilidade de se expor às multiplicidades da vida, seja através da cultura, das tradições, das habilidades e práticas que cada pessoa carrega. Através da diversidade, é reforçada a necessidade de inclusão e acolhimento que não reproduzam estereótipos, mas gerem oportunidades. Assim, para que tal cenário exista, é imprescindível a existência de uma pluralidade de pessoas, levando em conta questões de gênero, sexualidade, raça e condições físicas. 

Desde 1991, a legislação brasileira determina que empresas com cem ou mais funcionários devem preencher uma parcela de seus cargos com pessoas com deficiência. A política de cotas trouxe mudanças positivas ao mercado de trabalho brasileiro, já que o conceito de diversidade está muito atrelado à ideia de equilíbrio, dado que uma equipe diversa é aquela em que há compatibilidade no número de profissionais mais experientes, mais jovens, LGBTQIAP+, homens, mulheres, não binários, pessoas com deficiências, negros e indígenas. 

Ainda, há muito do que se aprender sobre diversidade, visto que mesmo após a lei, muitas empresas vêm tratando a mão-de-obra PcD “como uma commoditie”. 

Quer saber mais sobre a lei? Acesse o link!


Por que ter uma empresa diversa?

Um estudo realizado em 2020 pela McKinsey & Company, empresa global de consultoria de gestão, indicou que empresas que adotam diversidade em seu quadro de colaboradores são mais saudáveis, felizes e rentáveis. Isso se dá porque essas empresas se tornam melhores em promover trabalho em equipe e confiança, tendo como norteadores a inovação e colaboração nos serviços. Não suficiente, tudo isso é traduzido numa saúde organizacional muito mais solidificada, resultando em uma performance financeira maior que a da concorrência. 

O comprometimento com a diversidade no negócio expõe a possibilidade de se aumentar os níveis de felicidade e de comportamentos positivos por parte dos funcionários, além de gerar uma maior motivação de permanecer por mais tempo na organização. Por outro lado, a diversidade não deve ser percebida apenas nas posições inferiores da hierarquia, é preciso que pessoas pertencentes às minorias sociais também atinjam cargos de liderança, para que a implementação da diversidade seja eficaz e possa inspirar os demais funcionários a darem seu melhor, em vista da possibilidade de chegar em uma posição de referência.

Você pode conferir mais dados fornecidos no estudo realizado pela McKinsey & Company clicando aqui!

Conheça 5 benefícios em promover diversidade no trabalho:

  1. Melhoria na comunicação: a pluralidade de perfis estimula a troca de ideias;
  2. Senso de pertencimento e respeito mútuo: uma gestão que respeita a pluralidade incentiva o respeito coletivo;
  3. Resposta diante de desafios: contam com uma avaliação mais plural de possíveis problemas ou crises;
  4. Retenção de talentos: ações e políticas para a valorização dos funcionários;
  5. Credibilidade e competitividade: empresas diversas e inclusivas são mais atrativas.

Pensar em diversidade também é pensar em sustentabilidade, já que 13 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU abordam diretamente medidas de impacto social, que além de gerarem benefícios corporativos, evidenciam essa relação indissociável. Devido a isso, surgem indicadores baseados nos conceitos de ESG (Environmental, Social and Governance), filosofia de gestão que busca seguir os caminhos mais saudáveis para desenvolvimento sustentável, buscando evitar a degradação dos recursos naturais, mas também combater a ausência de políticas sociais no ambiente corporativo. 

Para saber mais sobre ESG, clique aqui!

“Isso quer dizer que a sua empresa não só deve valorizar a diversidade por uma questão de justiça, equidade e para fazer o que é certo como também deve valorizar a diversidade se tem o objetivo de ser uma empresa competitiva e com resultados de alta performance.”

Como tornar meu negócio mais diverso?

O primeiro passo para a implementação de um programa de diversidade que seja realmente eficaz, é estruturar, através de uma coleta de dados, a forma como a instituição está organizada. Após a análise dentro da empresa, os gestores podem identificar as necessidades e buscar equipes mais diversificadas. 

Monitorar todo o processo, desde a contratação da pessoa e durante todo seu desenvolvimento é essencial, dado que diversidade sem inclusão não gera resultado. Esse processo passa por uma mudança de mentalidade e de comportamentos, para que a estrutura se adeque à nova realidade e possibilite uma cultura organizacional que respeite e cultive os direitos humanos. 

Conheça algumas medidas a serem adotadas a fim de se aplicar a diversidade na empresa: 

  • Seleção: examinar os processos de seleção e verificar se preconceitos inconscientes, de raça e gênero, entre outros, interferem na escolha dos candidatos.
  • Educação: campanhas sobre a importância da diversidade e a possibilidade de interação com diversos grupos de trabalho.
  • Promoção: identificar os perfis que são promovidos e a porcentagem de diversidade nessas promoções.
  • Minorias: mapear a participação de minorias nas mais variadas equipes e estabelecer diretrizes para ampliação da diversidade.
  • Ambiente de trabalho: trabalhar o respeito e coletividade na empresa para que profissionais com diferentes perfis sejam aceitos pelo time.
  • Liderança: os gestores devem se envolver com a estratégia e as ações de promoção da diversidade com o objetivo de dar maior visibilidade ao processo e transmitir sua importância.

O que as empresas precisam saber?

Muitas pessoas e empresas acabam achando que diversidade e assistencialismo são a mesma coisa. Os dois termos possuem conceitos diferentes e precisam ser explicados, pois implementar diversidade não significa fazer caridade ou contratar funcionários apenas para cumprir algo disposto em lei. Como a diversidade já foi explicada previamente, é preciso entender que assistencialismo significa “sistema ou prática de ação social que organiza e oferece assistência às comunidades desfavorecidas e excluídas de uma sociedade”. 

Para exemplificar essa questão, pode-se mencionar o conceito de “pink money”, que nada mais é do que uma estratégia de marketing para se aproveitar de pautas sociais LGBTQIAP+, através de assistencialismo e produtos para aumentar as vendas, principalmente em junho, mês do orgulho LGBTQIAP+, mostrando que nem sempre ações que pareçam promover diversidade são realmente eficazes, honestas e justas. 

Por fim, com a evolução da tecnologia e do trabalho remoto, a convivência e assimilação de novas culturas dentro das empresas se tornou mais possível. Preparar a cultura da organização para essas mudanças se tornou algo de extrema urgência, pois os negócios do futuro que não investirem em aspectos inclusivos na gestão de pessoas terão menos chances de sucesso em captar recursos, manter uma imagem atraente frente aos consumidores e possibilitar um crescimento sustentável. 

Dúvidas sobre como garantir diversidade, segurança jurídica e como manter uma imagem boa para seu negócio?

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