EJUR Soluções Jurídicas

Logo Branco EJUR

As startups têm se consolidado como um modelo de empresa inovador que tem ganhado cada vez mais espaço no cenário do empreendedorismo, o que exige certas modificações na estrutura jurídica uma vez que tem demandado maior proteção e novas formas de regularização, além de trazerem à tona soluções inéditas para o Direito capazes de instigar a superação de alguns rituais formais e suprir algumas deficiências nesse sistema.

Exemplo disso é o Brasil, que dispõe, hoje, segundo informações da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) de mais de 50 startups jurídicas e 422 startups de tecnologia voltadas exclusivamente para a área jurídica, número que tem crescido ainda mais no cenário atual, o qual demonstra-se propício para o desenvolvimento de novas tecnologias que surgiram para beneficiar o Direito, que teve que se adaptar.

“Para Alexandre Pacheco, professor da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, o Direito está acostumado a empresas com ritmo mais lento de desenvolvimento, as startups têm ciclo de vida muito acelerado e atraem um tipo de investidor muito específico. Elas também têm estrutura mais complexa, de mais mobilidade e flexibilidade nos modos de trabalho”.

Quer saber mais sobre o que é uma startup? Clique aqui!

Assim, é importante entender como esse novo modelo tem negócio tem repercutido nas estruturas jurídicas, tanto na atuação dos advogados quanto na própria legislação.

As startups jurídicas e seu impacto no Direito

Diante de cenário positivo para o desenvolvimento de novas tecnologias aliadas ao universo jurídico, surgem as chamadas lawtechs e legaltechs que destinam-se a utilização de tecnologias inovadoras de modo a atender as demandas do Direito, diante de deficiências e necessidades desse sistema que ainda sofre com a lentidão no julgamento haja vista o grande volume de processos em tramitação no Judiciário.

Desse modo, muitas startups têm sido criadas para instituir o atendimento totalmente virtual, destinadas a controlar prazos e intimações, atuando na coleta e monitoramento de informações, mediação de conflitos, disponibilização de advogados on-line e, até mesmo, no esclarecimento de dúvidas e movendo processos judiciais.

Saiba mais sobre as lawtechs e legaltechs que tem revolucionado o mercado jurídico!

Portanto, as startups jurídicas têm impactado o Direito ao aperfeiçoar os serviços a serem oferecidos e realizados pelos advogados que tem de adaptar-se a esses novos modelos de trabalho, utilizando da tecnologia e da inovação para facilitar a rotina jurídica que ainda caminha à passos lentos.

“No Brasil, essas jovens empresas de tecnologia a serviço do Direito nascem para modernizar um ambiente que ainda é muito analógico, moroso e, por vezes, ineficiente. Segundo o relatório de Justiça em Números 2017, do Conselho Nacional de Justiça, há 79.7 milhões de processos em tramitação aguardando solução definitiva”.

Diante de tal cenário, o surgimento de startups tem sido eficiente na resolução de dificuldades jurídicas e burocracias que ainda circundam o sistema jurídico e sua tradicionalidade, permitindo a redução de custos, a aceleração dos processos e principalmente a ampliação do acesso à Justiça ao aliar tecnologia e Direito, que inevitavelmente, deve se adequar às inovações e utilizar-se delas para otimizar a atuação dos advogados e na gestão mais eficiente dos processos.

Você pode até não imaginar, mas muitos sites que nos deparamos ao navegar na internet para realizar pesquisas jurídicas são startups, por isso é importante conhecê-las para entender melhor o seu papel nas inovações trazidas ao Direito.

Exemplos de sucesso

Algumas startups jurídicas têm se destacado nesse cenário, como por exemplo a Advogado Online, que realiza todos os processos de forma digital, desde o primeiro contato com o cliente até a conclusão do processo sem precisar sair de casa, além de ter inovado ao trazer a consultoria jurídica on-line destinada a atender pequenas empresas.

Outras startups que se dedicam a solução dos mesmos problemas relacionados ineficiência do Judiciário são a Linte, criada em 2015, a Justto e a Arbitranet, softwares que unem tecnologia e Direito. A JusBrasil é outro exemplo de startup muito comum na vida dos estudantes e magistrados e que revolucionou a dificuldade de consulta de extensos processos escritos, substituindo os papéis pelo sistema de processo eletrônico ao reunir informações de tribunais, jurisprudências e publicações de Diários Oficiais, melhorando a leitura e apresentação de dados mais detalhada, além de auxiliar na conexão de advogados a possíveis futuros clientes em sua plataforma.

Existem, ainda, startups voltadas a solução alternativas de conflitos, como por exemplo a Acordo Fechado que mesmo on-line soluciona conflitos através de métodos colaborativos que, já com apenas um ano de existência contribuiu com mais de 50 mil processos, contribuindo esses modelos de empresa para a redução da quantidade de processos, sendo capazes de filtrar o ajuizamento de novas ações ao evitar a intervenção do Estado em ações com menor complexidade e, consequentemente, economizam recursos, além de proporcionar soluções mais ágeis para os conflitos.

Quer saber mais sobre os métodos alternativas de resolução de conflitos? Clique aqui!

Não apenas startups exclusivamente jurídicas têm impactado este cenário, mas outras startups de sucesso presentes no dia a dia de milhões de brasileiros também foram essenciais e trouxeram grandes contribuições para o Direito, por isso merecem destaque.

O novo mundo do Direito

Grandes empresas como o Uber, iFood e QuintoAndar também são startups que desde o seu surgimento tem constituído presença marcante no cenário do empreendedorismo e da economia por revolucionarem as formas de oferecimento dos serviços no mercado, facilitando a vida dos seus usuários com preços mais acessíveis, buscas rápidas e soluções descomplicadas.

Essas transformações têm repercutido em todo sistema jurídico, que teve de adaptar-se as novas exigências trazidas por essas startups, uma vez que o Direito é regido pela sociedade, e quando a sociedade muda e começa a apresentar novas necessidades de regulação das relações formadas seja entre os indivíduos, seja entre os indivíduos e as empresas através da utilização dos seus serviços, é preciso que o Direito possa acompanhá-los de modo a criar vínculos jurídicos e seguros para que estas relações possam se expandir.

Desse modo, diante da ascensão de uma nova dinâmica devido ao crescimento das startups, foi constatado o surgimento de uma série de normas e elementos jurídicos capazes de se adequar a essas inovações, chamado de “Direito das Startups”. Assim, alguns exemplos dessa transformação são observados por exemplo com o surgimento da Uber que impulsionou a criação de normas inéditas no ordenamento jurídico destinadas a regular esse novo setor; empresas como Netflix e Spotify tiveram seus modelos de negócio convertidos em alvos de regulação e o Airbnb que passou a ser regulado diante de algumas jurisdições devido ao seu impacto nos preços de aluguéis e estadias.

Portanto, as startups têm estimulado a criação e adequação das legislações, suscitada principalmente a partir do Marco Legal das Startups, sendo constatado a existência de jurisdições que tem originado leis e programas de incentivo ao desenvolvimento de startups, para regular o setor mediante normas ditadas pelo Direito.

Veja aqui sobre o Marco Legal das Startups e como ele impacta o seu negócio!

“Não se trata, portanto, da aplicação de normas existentes de uma forma diferenciada para empresas de tecnologia, mas efetivamente da criação de um arcabouço jurídico que visa regular o modelo de negócios criado por esse tipo de empresa”

Não só o Direito deve se adequar as transformações trazidas pelas startups, mas também estas devem estar em conformidade com as normas jurídicas e legislações que acarretam repercussões significantes para o mercado, como por exemplo o tratamento de dados, o registro da marca, contratos etc.

Por isso é essencial contar com uma assessoria jurídica de qualidade de modo a garantir segurança nos negócios, principalmente porque as startups ainda são um modelo de negócio embrionário que necessitam de um direito preventivo e que se dedique as suas formas de regularização que ainda são postergadas por muitos empresários.

Alguma dúvida? A EJUR está sempre à disposição!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Abrir bate-papo
Olá!
Podemos ajudá-lo?